25.10.07

Segunda, 14 de Janeiro de 2008, 21h45

Ergonomia – A ciência do conforto


Doutor Pedro Arezes
Professor Associado da Universidade do Minho


Há uma exigência cada vez maior de possuirmos objectos, equipamentos, mobiliário, etc., cada vez mais seguros e, sobretudo, mais confortáveis. Esta exigência de conforto no nosso modo de vida constitui um dos principais objectivos da Ergonomia. É, pois, indiscutível que a Ergonomia está presente no nosso dia-a-dia, do chuveiro que utilizamos quando acordamos, às almofadas que nos ajudam a adormecer no final do dia, passando pelos nossos locais de trabalho.
A Ergonomia é uma área de saber multidisciplinar e, por isso, são muitas as áreas científicas e tecnológicas que contribuem para o seu desenvolvimento, mas o objectivo da sua aplicação é sempre comum: adaptar o meio que nos envolve à percepção e capacidade humanas.
A utilização de objectos/equipamentos de forma confortável e intuitiva é, pois, uma consequência das preocupações em estudar a Ergonomia desses mesmos equipamentos.
Por isso quando tiver que viajar para a Austrália e estiver preocupado com as implicações que as 12 h de diferença horária possam ter na sua disposição e desempenho, não se preocupe…. a Ergonomia ajuda-o a minimizar esses efeitos!

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24.10.07

Quarta-Feira, 05 de Dezembro de 2007

A Divulgação Científica


Professora Doutora Raquel Gonçalves-Maia
Professora Catedrática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa


Prometeu roubou o fogo da forja de Hefesto e entregou-o aos homens. Prometeu é o Édipo da vida intelectual. O “Complexo de Prometeu”, disse-nos Gaston Bachelard, é a “vontade humana para a intelectualidade”. Os literatos são intelectuais, todos o sabemos. Sê-lo-ão também os cientistas? Serão uns e outros protagonistas de uma só cultura, ou teremos de considerar que existem duas ou mesmo três? C.P. Snow, os “intelectuais” de John Brockman e os “Pensamentos Secretos” de David Lodge ajudam-nos nas respostas.
Talvez domine a insciência, a falta de referência humana, de testemunho histórico; ou uma concepção errada da natureza da ciência, por deficiente ensino e divulgação. É difícil comunicar ciência, tanto mais quanto mais esta utiliza uma pesada simbologia.
A comunicação feita por imagem emparelhada com oralidade tem adesão imediata em quem vê e ouve. Tem sentimento, intuição e consciência; e, em geral, pouco rigor e pouco conteúdo. Em ciência, a memória visual e auditiva é preciosa, mas insuficiente. A internet, por seu lado, é inestimável, mas, sem aviso, infinita. O papel do livro é transmitir a interioridade que garante a interpretação e o discernimento que qualquer tema científico exige; em discurso escorreito.

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